terça-feira, maio 30, 2006


Bem vindos a mais um blog, sendo este no entanto, diferente dos outros todos, não só porque é dos poucos onde o primeiro texto é fruto da força e agressividade exercida sobre o autor, mas também porque trata de um tema fora do comum… sendo um blog para um pequeno grupo de marginais que gostam de andar de bicicleta, criando uma espécie de gang.

Vai servir para expor fotos, relatos, planos, alcunhas, mezinhas da avó Reginalda para os escaldões e dores de pernas e talvez até receitas de marisco se surgir em conversa.

Tudo isto começou quando o membro mais velho nasceu, mas como isso é pouco relevante, vamos saltar para 14 de Maio de 2006, onde os 5 membros fundadores ( Alfarroba, Mokas, Smaug, Cogumela e Pati ) tiveram as bicicletas a menos de 100 metros de distância, o que poderia ser descrito por uma pessoa com mais domínio da língua de Camões como “ juntas “ .

Era um bonito domingo, 10 da manhã, estando a chamada expo infestada de atletas de triathlon que não só entupiam as vias de passagem como também, sem razão alguma, chamavam coisas que não vêm nos dicionários só porque pequenos grupos de jovens se atravessavam com bicicletas no seu caminho a meio da prova, completamente infundamentado. Gente agitada. Pouco depois, com um surpreendente baixo nível de atraso por parte dos participantes, começámos a dar ao pedal.

Depois de circular alguns minutos, apanhando calor, subindo à torre da galp de suposto “elevador”, procurando vocabulário “ ciclístico “ para intervalos, e a analisar a quantidade de cortes e respectivas razões, há o primeiro evento assinalável, quando Mokas ultrapassa Smaug ( que estava parado, sendo isto completamente paralelo à história ) e ficando a olhar para trás por um segundo, não vê o bordo do passeio marítimo à sua frente e quando vira a cabeça já é demasiado tarde, batendo com a roda da frente na pedra a alguma velocidade resultando num artístico e memorável mergulho para a terra, que, não fosse a experiência do dito atleta, teria sido para as rochas circundantes e depois… o rio. O movimento aéreo foi digno de um bailado ensaiado há anos… foi verdadeira poesia visual. Felizmente, apesar do aparato, não houve motivos de preocupação, até porque a maravilhosa queda estava certamente a ser planeada há dias e dias. Mais tarde ainda encontramos um belo capacete cinzento que baptizou um membro… adivinhem qual.

Depois de mais conversa, passeio, bananas, bolos de alfarroba, banhos de Sol e ameaças de queda, voltámos para casa, mas com planos feitos para uma próxima vez num futuro próximo e com mais membros a caminho. Não percam o próximo episódio, porque nós também… talvez não, dependendo da disponibilidade de cada um.


Smaug